O cenário eleitoral no DF revela uma situação momentânea no mínimo contraditória, para não dizer patética. O eleitorado da capital da República dá forte preferência para Agnelo Queiroz, do PT, que tem cerca de 57% das intenções de voto para o Governo local. Em contrapartida, o eleitor candango ainda mantém Serra na frente na disputa presidencial (43%). Dilma, em fase de crescimento, permanece na casa dos 39%.
Enfatizando: no DF, Serra é o candidato de Weslian, Roriz, Luiz Estevão, Durval e outras figuras nada exemplares da vida pública.
Para reverter esta situação, o movimento sindical decidiu entrar de corpo e alma para mudar o atual quadro na disputa presidencial, buscando alavancar a candidatura de Dilma – vítima do preconceito por ser mulher e por conta de uma sistemática campanha de difamação e de desinformação que os grupos pró-Serra alimentam no dia-a-dia.
A ideia é mostrar de modo sistemático, persuasivo e amparado em fatos, o grande equívoco que é votar em Serra para presidente, sendo que o preferido para governador é Agnelo. Para desmontar o castelo de areia dos tucanos, a estratégia será comparar os oito anos de FHC (onde Serrra foi uma espécie de 1º ministro) com os oito anos do governo de Lula/PT. Lembrando que Serra poderia ter feito muito e nada fez – quer como constituinte, senador, ministro, prefeito ou governador.
O desafio é consolidar a preferência por Agnelo e mostrar para a sociedade que optar por Dilma para presidente é votar na continuidade do atual momento de prosperidade da economia e da sociedade brasileiras.
As próximas pesquisas indicarão se os sindicalistas conseguirão ajudar a eleger Dilma também como a preferida no DF.
A culpa é da Secom
Em verdade, cabe aqui reiterar mais uma vez que o PT e a campanha de Dilma Rousseff pagam o preço por não terem tido coragem de implementar uma política de fortalecimento de meios alternativos de comunicação. Despejando rios de dinheiro na mídia conservadora e tradicional, o Governo Lula/PT virou as costas para segmentos que poderiam, se tivessem apoio, fazer agora uma espécie de contraponto.
A situação é tão patética que até mesmo o Núcleo de Mídia da Secom do Governo Federal é ‘coordenado’ por alguém que sempre se esmerou em se posicionar como anti-petista e ferrenha crítica de qualquer tipo de apoio para a mídia comunitária/alternativa. Mas nisto, o quadro do DF é similar ao que existe em outras unidades da federação.
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